Foto prospectada do Globo.com |
Paralelamente aos tradicionais desfiles do dia 7
de Setembro, centenas de pessoas percorreram as ruas de Governador Valadares e
Ipatinga, em um ato de protesto contra a corrupção. O movimento ''Grito dos
Excluídos" aconteceu em todo o país.
Em Valadares, os manifestantes se reuniram na
praça dos pioneiros. Cerca de 100 pessoas andaram pelas principais ruas da
cidades com as caras pintadas, apitos e muitos cartazes de protesto. O artista
Thiago Lopes disse que a população não pode se acomodar. Segundo ele, sempre
que necessário é preciso reivindicar.
“O Brasil foi às ruas nos meses de junho e julho
na época da Copa das Confederações e conseguimos mostrar nossa força. Foram
muitas mudanças adquiridas com os protestos. Dia 7 de Setembro, por ser o dia
em que se comemora a Independência do Brasil, acreditamos ser um momento oportuno
para manifestar”, diz.
Vale do Aço
Em Ipatinga,
manifestantes se reuniram para o 19º Grito dos Excluídos. O movimento começou
sua marcha por volta das 9h, em frente ao camelódromo, no Centro, e percorreu
as ruas da cidade. Com faixas, cartazes, apitos e canções, eles realizaram, de
forma pacífica, o protesto que teve a juventude como destaque no tema:
“Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular”.
O Grito se define como um conjunto de
manifestações realizadas no Dia da Pátria, e tenta chamar a atenção da
sociedade para as condições da crescente exclusão na sociedade brasileira, dos
menos favorecidos.
Para o padre da paróquia Sagrado Coração de
Jesus, Geraldo Ildeo, embora a quantidade de pessoas não tenha sido tão grande,
a qualidade do ato foi positiva. “Estiveram presentes formadores de opinião e
pessoas que poderão passar a ideia do que foi manifestado. Acredito que o Grito
deveria ocorrer em conjunto com o desfile cívico-militar, mas fica difícil,
devido ao envolvimento político e de sindicatos, o que envolve muito interesse
paralelo”, disse.
A operadora de caixa Luana Morais participou da
manifestação é disse que é tradicional a sua presença no Grito dos Excluídos.
Segundo a manifestante, ela foi para ruas para cobrar maior atenção das
autoridades, principalmente no quesito segurança pública.
“Nossa cidade está uma vergonha diante de tanta
violência. Morre todos os dias uma pessoa em Ipatinga, e sempre crimes
bárbaros. Precisamos cobrar para que isso tenha um fim”, diz.
FONTE: G1
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